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DESEJOS SINCEROS DE UM FELIZ NATAL E UM ÓPTIMO ANO NOVO!



O Natal será sempre uma época de esperança, acariciando um desejo de paz, de tranquilidade, embebido num misto de anseios, de vivências, de pulsares.


Por vezes esconde-se numa casca de suspiros, onde as pessoas criam personagens, tecem rumos e desenham sorrisos, ainda que os seus corações permaneçam adormecidos, numa obscuridade que não consegue filtrar o brilho de memórias.


E a voz que tatua faces e expressões, torna-se então, a voz de uma programação festiva, de um sonho e realidade que se pretende alcançar, vivenciar, sentir, mas que nada mais é do que uma imposição perante a atmosfera e a luzidia passerele de entoações.


Mais importante do que o Natal ou o Ano Novo, será essa sensação que por vezes nos veste em toda a sua força e beleza. Essa sensação de felicidade, de reencontro com um amor tatuado na felicidade e no arrebatamento das crianças. O Natal é principalmente delas, porque os seus sonhos ainda se resumem a um carro telecomandado, ou se pincelam na face de uma boneca Barbie.


O Natal,é para mim, principalmente, um retorno aos dias em que o acordar se polvilhava da dúvida apaixonante. Da dúvida apaixonante de não saber o que aquele embrulho continha. E nesse embrulho estavam concentrados os meus sonhos, a minha felicidade, o meu amor. Numa sinceridade extasiante, a qual adocicava o timbre da minha voz, e polvilhava a cor dos meus olhos de novas cores.


Os adultos, nós portanto, por vezes não querem sonhar. Não se sentem motivados. O mundo é grande demais para concentrar sonhos, e pensar neles. O Mundo é grande demais para os abraçar e contar-lhes uma história. A história em que outros sonhos também nasceram, e quiseram exteriorizar a sua voz.


Para quê sonhar quando um sonho tem em si a evidência do seu destino? O próprio significado de sonho joga contra ele, porque lhe diz que poderá ser algo que nunca se materializará. Que nunca viverá para lá de idealismos, de amor, de uma paixão surreal que o transporta e acredita fielmente nele.


A minha teoria veste-se daqueles que sorriem, tanto no Natal como em muitos outros dias. Aqueles adultos que caminham sorrindo, um e outro dia. Esse sorriso é legível numa sinceridade pacificadora.

A minha teoria veste-se dos adultos que sonham, e que acreditam que ainda não são velhos demais para sonhar. E que mais que sonhar, e dançar com esse mesmo sonho, o deixam cantar também. E que nessa fusão, nessa simbiose de almas, fragrâncias e paladares, possa emergir uma realidade. A realidade nascida dos nossos sentidos, das nossas memórias. Da nossa vida.


O Natal será sempre daqueles que sonham, porque estes vivem-no como uma dádiva. É a altura mais linda para sonhar. E portanto, para viver.


A vida e o sonho não são incompatíveis. Por mais que possamos ter sentido o contrário. Por mais que a vida nos tenha magoado, ou as pessoas.


Daí surgem os lutadores. Os utópicos. Os sonhadores. Os boémios. Os preguiçosos. Os terra a a terra. Os irresponsáveis.

Existem muitas determinações, muitas vezes injustas, para quem sonha. Para os que sonham mas que lutam, de modo fraterno e justo, por aquilo que acreditam.

São muitas vezes o que a Sociedade não precisa. A sociedade precisa de investimentos seguros, precisa de trabalho rápido e eficaz. Não precisa de sorrisos nem de corações cheios. Precisa de eficácia e de eficiência. Num ritmo rápido, avassalador.

Mas depois, a mesma sociedade, adora os sonhadores no Natal. E pede a todos os outros que sejam como estes, pelo menos durante um mês.


Um sonho, enquadrado num mundo, numa cultura, numa pedagogia, numa arte, numa expressão de humanismo, de compreensão, poderá revitalizar um horizonte. Depende sempre de nós.


Eu irei sonhar neste Natal, não como criança, mas resgatando esses pulsares, moldando o meu sonho para a minha vida, para os meus horizontes e objectivos. Com respeito, com dedicação, com afinco.


O amor e o sonho são dois irmãos apaixonados. Um não vive sem o outro. Um sem o outro são incompreensíveis. Ilegíveis.





Feliz Natal a todos e a todas, e um magnífico Ano Novo, são os votos da Equipa do Filme Esfera Líquida.